segunda-feira, 19 de março de 2012

Hora do Planeta - Apague as luzes por 60 minutos

A Hora do Planeta, conhecida globalmente como Earth Hour, é uma iniciativa global da Rede WWF sobre mudanças climáticas. No sábado, dia 31 de março de 2012, às 20h30, pessoas, empresas, comunidades e
governo são convidados a apagar suas luzes pelo período de uma hora para mostrar seu apoio ao combate ao aquecimento global. Na primeira edição, realizada em 2007 na Austrália, 2 milhões de pessoas desligaram suas
luzes. Em 2008, mais de 50 milhões de pessoas de todas as partes do mundo aderiram à ação. Em 2009, quando o WWF-Brasil realizou pela primeira vez a Hora do Planeta no Brasil, quase 1 bilhão de pessoas em todo o mundo apagaram suas luzes. Em 2010, o movimento atingiu 4.200 cidades em 125 países. Em 2011 foram mais de 56 milhões de pessoas atingidas pela mensagem.



quarta-feira, 7 de março de 2012

O mundo atinge os objetivos de aumentar o acesso a água potável, mas fica atrás em saneamento de boa qualidade.

O objetivo de reduzir pela metade o número de pessoas sem acesso a água potável foi alcançado, muito antes do prazo final de 2015 para atingir os objetivos de desenvolvimento acordados em nível mundial, destinados a livrar o mundo da extrema pobreza, fome e doenças evitáveis, disse hoje a organização das Nações Unidas.

Entre 1990 e 2010, mais de dois bilhões de pessoas passaram a ter acesso a fontes aprimoradas de água potável, como o abastecimento canalizado e os poços protegidos, segundo um relatório conjunto publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Criança (UNICEF) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Reduzir pela metade o número de pessoas sem acesso a água potável é uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), que incluem o fim da extrema pobreza, a redução da taxa de mortalidade infantil e maternal, a luta contra doenças e a instituição de uma parceria global para o desenvolvimento.

“Hoje reconhecemos um marco importante para as pessoas no mundo”, disse o Secretário-Geral Ban Kin-moon após a liberação do relatório, intitulado "Progress on Drinking Water and Sanitation 2012 (Progresso em Água Potável e Saneamento - 2012)” e produzido pelo Programa de Monitoramento Conjunto da OMS e UNICEF para o Abastecimento de Água e o Saneamento.

“Este é um dos primeiros ODMs a serem alcançados. Os esforços bem-sucedidos para proporcionar um maior acesso a água potável são testemunho de todos aqueles que veem nos ODMs, não um sonho, mas um instrumento crucial para melhorar as condições de vida de milhões de pessoas que se encontram entre as mais pobres do mundo”.

Segundo o relatório, no fim de 2010, 89% da população mundial, ou 6.1 milhões de pessoas usaram fontes aprimoradas de água potável. Isso significa 1% a mais que os 88% da meta estipulada nos ODMs.

O relatório estima que até 2015, 92% da população global terá acesso a água potável melhorada.

“Para as crianças estas notícias são especialmente boas”, disse o Diretor Executivo da UNICEF, Anthony Lake. “Mais de 3 mil crianças morrem todos os dias de doenças diarreicas. Atingir esse objetivo contribuirá para salvar a vida de muitas crianças.”

O Sr. Lake advertiu que ainda não se pode declarar vitória, pois pelo menos 11% da população mundial – 783 milhões de pessoas – ainda estão sem acesso a água potável, e bilhões vivem sem instalações sanitárias.

“Os números ainda são chocantes”, disse ele, “mas o progresso anunciado hoje é prova de que as metas do ODM podem ser alcançadas com vontade, esforço e financiamentos", acrescentou.

O relatório mostra que o mundo ainda está longe de alcançar as metas do ODM em saneamento, e é improvável que o faça até 2015. Apenas 63% da população mundial tem acesso a saneamento melhorado, uma cifra projetada para crescer apenas 67% até 2015, bem abaixo da meta de 75% dos ODMs. Nos dias de hoje, 2,5 bilhões de pessoas ainda não possuem acesso a saneamento melhorado.

A UNICEF e a OMS também advertiram que, visto que não é possível medir a qualidade da água a nível global, o progresso rumo aos objetivos de água potável segura do ODM é mensurado através da coleta de dados sobre o uso de fontes melhoradas de água potável. Um trabalho significativo deve ser feito para assegurar que fontes melhoradas de água sejam e permaneçam seguras, salientaram as duas agencias.

“Melhorar a qualidade da água, do saneamento e da higiene é fundamental para melhoras a saúde e o desenvolvimento humano”, disse a diretora da OMS Margarete Chan. “Hoje, mesmo com essas emocionantes notícias de progresso, quase 10% de todas as doenças ainda está ligada a água, saneamento e higiene ruins”.

Os números globais também marcam uma forte disparidade entre regiões e países, e dentro dos países, salientaram as duas agências.

Apenas 61% da população da África subsaariana têm acesso a fontes melhoradas de abastecimento de água, em comparação com os 90% ou mais na América Latina e Caribe, norte da África e grandes áreas na Ásia. Mais de 40% de toda população global que não possui acesso a água potável vive na África subsaariana.

O relatório também confirma que em casos onde o abastecimento de água não é de fácil acesso, a obrigação de carregar água recai de forma desproporcional sobre mulheres e garotas.

“Alcançamos uma meta importante, mas não podemos parar por aqui”, disse o Sr. Ban. “Nosso próximo passo deve ser mirar no mais difícil de alcançar: as pessoas mais pobres e menos favorecidas ao redor do mundo. A Assembléia Geral das Nações Unidas reconheceu a água potável e o saneamento como direitos humanos. Isso significa termos de assegurar que cada pessoa tenha acesso a eles”.

Enquanto isso, Lenny Kravitz, cantor, compositor, produtor musical, ator e ganhador do Premio Grammy, lançou seu apoio ao esforço global pelo UNICEF e seus parceiros em ajudar a salvar e melhorar a vida de milhões de crianças e suas famílias ao redor do mundo, proporcionando-lhes acesso a água potável e a saneamento adequado.

“Nasci em Nova Iorque e sempre tive acesso a água limpa como algo natural”, disse Kravitz. “Nenhuma criança deve morrer de diarreia por consumir água contaminada. É simplesmente inaceitável que centenas de crianças com menos de cinco anos de idade, continuem morrendo todos os dias por não terem água tratada e saneamento básico".

Krazitz aparecerá em anúncios públicos, no Twiter e no Facebook com uma mensagem de que todas as crianças podem - e devem - ter acesso a água limpa e saneamento adequado.

O musico que recentemente lançou o álbum “Black and White America – (Preto e Branco America)”, está unindo forces com a UNICEF pra ajudar a marcar o Dia Mundial da Água em 22 de março e enviará uma mensagem a nível global sobre a importância de se investir nas crianças e proporcionar-lhes água potável e saneamento.

Fonte: http://www.rio20.info/2012/noticias-2/o-mundo-atinge-os-objetivos-de-aumentar-o-acesso-a-agua-potavel-mas-fica-atras-em-saneamento-de-boa-qualidade

sexta-feira, 2 de março de 2012

Dossiê mostrará impacto dos agrotóxicos na saúde das pessoas e dos ecossistemas

Buscando conhecer o impacto dos agrotóxicos na saúde dos/as brasileiros/as, o Grupo de Trabalho (GT) de Saúde e Ambiente da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), em parceria com outros GTs, comissões e associados decidiu pesquisar o tema e publicar suas descobertas em um dossiê. O documento será lançado no Congresso Mundial de Nutrição, em abril deste ano, e durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que acontecerá em junho no Rio de Janeiro.

A realização do dossiê tem como objetivo principal sensibilizar autoridades públicas nacionais e internacionais para criar e executar políticas que possam proteger e promover a saúde das pessoas e dos ecossistemas afetados de forma negativa pelos agrotóxicos.

De acordo com o professor Fernando Ferreira Carneiro, chefe do Departamento de Saúde Coletiva da UnB, dois aspectos foram levados em consideração quando se pensou em laborar o dossiê.

"O primeiro aspecto diz respeito ao fato de que há três anos o Brasil ocupa o primeiro lugar no consumo de agrotóxicos em virtude do modelo de agronegócio e da produção de transgênicos e não está acontecendo uma avaliação dos impactos desses agrotóxicos na saúde da população. O segundo aspecto é que se espera do Estado e da Academia mais atenção para regular o uso. Existe um lobby para se permitir e flexibilizar a utilização de agrotóxicos. Precisamos visibilizar o problema”.

Para compor o dossiê, o GT de Saúde e Ambiente está recebendo a colaboração de pesquisadores de todo o Brasil. Mestres e doutores estão colaborando com o envio de seus trabalhos. O sistema de saúde de algumas cidades também está ajudando e enviando dados. Todo o material recebido será sistematizado por uma comissão.

O chefe do Departamento de Saúde Coletiva da UnB defende que a elaboração do dossiê representa uma oportunidade para repensar o modelo de desenvolvimento do Brasil.

"Será que este modelo está gerando bem-estar para a população? Ou está retirando agricultores de suas terras e dando espaço para grandes plantações de transgênicos? A verdade é que outro modelo de desenvolvimeto é possível e necessário. A agroecologia é o caminho do futuro e pode gerar um novo modo de vida. O desafio do Brasil é deixar de ser o maior consumidor de agrotóxicos e se tornar o maior produtor de alimentos saudáveis. Há alternativas para alimentar o mundo sem agrotóxicos”, defende Fernando.

Agrotóxicos em dados
Hoje, o Brasil é o principal consumidor de agrotóxicos do mundo, tendo ultrapassado os Estados Unidos em 2008. Apesar dos avanços tecnológicos alcançados nos últimos dez anos, o país não conseguiu reduzir o uso deste produto em suas lavouras. Pelo contrário, Brasil utiliza a cada dia mais venenos em virtude da crescente produção de alimentos transgênicos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), para cada caso de intoxicação por agrotóxico registrado, 50 outros acontecem, mas não são catalogados. A OMS também revela que cerca de 200 mil pessoas morrem anualmente pela ingestão de agrotóxicos e outras três milhões sofrem intoxicações agudas.

Fonte: Por Natasha Pitts, jornalista da Adital.

Vídeo mostra o que está por trás da reforma do Código Florestal

O vídeo mostra “De onde vem a força do agronegócio” , de maneira didática, quem ganha e quem perde na estruturação e financiamento do agronegócio brasileiro. Baseado em análise das pesquisadoras Regina Araujo, doutora em geografia pela universidade de São Paulo, e Paula Watson, também formada em geografia pela USP, o vídeo é a expressão gráfica da análise textual.

Texto e vídeo mostram que o Brasil é o segundo maior exportador individual de produtos agrícolas do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, ambos com a produção apoiada na monocultura “Nossas leis ambientais estão em construção desde a década de 1930, e até agora não provocaram nenhum impedimento ao espantoso crescimento do agronegócio”, lembram aa pesquisadoras.

“Grandes agricultores querem fazer a sociedade crer que a produção agrícola brasileira, entre as potências agrícolas, fazem do agronegócio o porto- seguro da economia brasileira.  No entanto nosso modelo agrícola não é ambientalmente sustentável, não favorece a sociedade, a agricultura familiar e colocará  em risco grande parte da biodiversidade , risco que hoje é controlado pela legislação ambiental brasileira. Daí o interesse em alterar o Código Florestal e favorecer ainda mais o grande agricultor”, mostra a animação.

A disseminação do vídeo ao maior número de pessoas tornará possível a reflexão e maior compreensão sobre o que está em jogo na reforma do Código Florestal Brasileiro e porque essa reforma é tão prejudicial à sociedade como um todo.

Leia matéria completa no site da WWF Brasil

Assista vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=tRZo8WFM7uw